Vogo, vadia, ao sabor do teu corpo
Rogo, rendida, teu gosto salgado
Colo a meu colo o vaivém que te encorpo
Afogo-te em fogo o gozo esperado
Navegas, negas-me a maré descente
Cresce e entumesce, o teu mastro à deriva
Segue, sedento e em busca ascendente
Alcança alvíss'ras, costa prometida
Sacio, sadia, a ânsia guardada
Entrego-me em troca ao teu espraiar
Na areia onde ardes em chuva ansiada
Estremeces, feneces ao sopro d’um beijo
Sagras-me sereia e porto d’ amar
Esmaeces, a esmo, em mar desejo...
1 comentário:
Opa!!!Isto é saber escrever um belo soneto!!Parabens!!!
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