Quando as sombras caem
e o fogo me reúne
à volta dos meus afectos,
nascem estrelas tímidas,
que me adormecem perfumes
no colo...
Quando as sombras caem,
os ramos fortes das árvores
amparam o azul pálido
(que o lado do fogo cora),
num alcançar de abraço
maternal...
E toda a luz dos meus olhos
sobe do teu rosto ao céu,
agradecendo o teu sono
tranquilo.
Ergo-me, nas sombras caídas,
e aconchego um tesouro,
como quem deita no berço
um filho...
(Sterea)
2 comentários:
E o rio flutua, suspenso da liquidez da voz que às vezes foge, às vezes voa.
Nele vagueiam silêncios, entre as pedras polidas que reflectem o verde do céu, e nomes de aves soletram a força das ausências.
Nele repousam as lembranças que atravessam as margens e clareiam as sombras, para reunir a casa e reconstruir o tempo.
(Minha) Teresa, deixa-me abraçar-te.
Marialuz
Que maravilha e como já tinha saudades das tuas palavras.
Há sempre qualquer coisa em nós que não deixa de nos doer, mas aquilo que vivemos e tivémos é nosso para sempre.Tua escrita é omovente, ternurenta e linda.
Beijinho e bom domingo
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