sábado, 5 de março de 2011

AQUELE PARA ALEM DE MIM

Esbracejando deslizo
Sobre o mar dos meus pensamentos
Ignorante a meu respeito
Borbulha nesse mar
O mundo das minhas interrogações
Estranha consciência
De dois que fazem um
Sendo aquele que esbraceja
Sob o tecido aquático
Bem mais que isso
Mas infinitamente
Sou o que feito tornado
Fui construído pelo tempo
E pelo tempo que foi antes de mim
Um sem fim de flashes luminosos
Que se cruzam e entrecruzam
Feitos esse outro eu
Onde com inteireza
Habita num torvelinho
Aquele que deveras sou

Antonius

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