domingo, 10 de maio de 2015

Cada noite é um poço onde o dia vai matar a sede

No campo o dia é quente
E quente, trago a alma à realidade dos factos
O corpo, amarrotado de dormir, fica pendurado no roupeiro

Cada noite é um poço onde o dia vai matar a sede

No quarto a noite é fria
E frio, visto o corpo à imaginação do sono
Enquanto a alma vai fazer castelos na praia dos sonhos

No tecto da imaginação faltam telhas à realidade
O céu, azul durante o dia ou constelado de noite
É oferta da alma para um corpo cansado de existir
E tudo é sonho na realidade que a vida veste
Quando se acorda para morrer.

No campo os dias são quentes
E frias, são as noites no meu quarto.