domingo, 1 de junho de 2008

Bailado

Sou um tempo
Um murmúrio
Um desassossego
Um desapego
De mim e de ti….

Mas bailo…
Em doces melodias
A léguas de ti
Nas ondas do teu silêncio
Movimentos disformes

Leveza da alma
Vestindo as cores...
Sentindo...
A maciez dos corpos

Mª Dolores Marques

Conversando

vou tentar um bailado
onde o silêncio
encontra o movimento
com ele conversa

Francisco Coimbra

Brisa Suave

Estou cansada hoje

Por isso, faltam-me as palavras...
deixei de as sentir,
Entrou uma brisa suave pela janela

Um beijo solto como eu

Mª Dolores Marques

Rituais

Nostálgicos
são os lugares vazios
Onde não se escrevem as palavras

Preenches-me este espaço dorido
Segredas-me
Insinuas-te lento

E eu entrego-me de corpo
Inteiro
Dou-te a face rosada
E um corpo cheio

Rituais sem nome

Mª Dolores Marques

Esgoto a Nostalgia

tenho a nostalgia dos lugares vazios
escrevo um verso ao abandono
para o preencher lendo

acabo por ficar
estranho
e vazio

é

aí que cheguei
ao exagero quase cómico

já posso dançar
pedindo mão de dama
para poder lhe colocar a mão

“onde as costas mudam de nome”

e

esgoto a nostalgia com gosto
http://assim-leitor.blogspot.com/
Francisco Coimbra

Ilusão

Visitei-te um dia por pensar que querias
ser mais que um verso solto...

Mas como não vi nenhum poema perdido
Fiquei só!
E tu entregaste-te à volúpia dos dias calmos
Entre aromas extasiados
E buscaste-me em sonhos e fantasias
Ilusões perdidas!

Ilustraste-me com as cores da lua sobre o rio
Mas o meu brilho difuso,
afundou-se em águas calmas
E foi corrente vadia.
Um rio esquecido!
http://marimarquesblogspotcom.blogspot.com/2008/05/verso-solto.html
Maria Dolores

Esta Coisa Boa

A Beleza tem esta coisa boa, passa para dentro de nós. Talvez seja mesmo aí onde ela verdadeiramente existe, mesmo se a podemos descrever dos seres, coisas ou objectos que observamos através dos sentidos.Quanto ao teu poema, não é bonito o termo mais correcto. Não é a Beleza que nele atrai, talvez um “outro tipo de Beleza”. Aquela Beleza que não está na forma, estando presente em algo que nos transforma pois não nos deixa indiferente.Vejamos… uma coisa que cheira mal podia cumprir os requisitos da explicação dada, sei que nada explica, ajuda a mostrar como é indefinível a Beleza do que nem precisa de ser Belo para ser/ter Beleza.Será que isto agradaria ser do conhecimento de quem faz um poema, atingir Beleza sem o Belo? A alegria dum poema triste, qual é? Isto já são outros devaneios, a coisa boa (está a começar a passar)… são as impressões que recolhemos.

Francisco Coimbra

Dos Gestos

nem sabes como as tuas palavras me fizeram bem,
eu estava perto do desespero e tu inspiraste-me versos
havia na minha alma uma sombra vazia ao luar,
mas tu sabes como a
Iluminação em mim nasce

Francisco Coimbra

Sobre o Ciúme

Ausento-me de ti quando me encontro
Na tua solidão
Reinvento-te!
És um esboço de mim

Contingências em noites frias onde a tristeza
Se perde
Na folhagem seca surge a madrugada
Deixo o meu ciúme a descoberto

Só ele nos encontra nestas horas tristes
Somos um só pensamento
Uma voz parada
Ausento-me de ti como quem sofre
Por nada

São os teus medos soltos
Que vagueiam por aí
E eu, sou uma rua deserta , à espera
De outra madrugada

E o ciúme, esse ficou-se no nada
http://marimarquesblogspotcom.blogspot.com/2008/05/sobre-o-cime.html
Maria Marques

Ciume

Esta pergunta saberás se a respondes, eu quererei ser o anónimo que vai responder/comentar todos os teus textos… Será? (deste modo o meu nome nunca se gasta, smile :)»,Será que já disse tudo e ainda não fiz nada?Os textos são como pescadinhas de rabo na boca, estão mortos ou prontos a devorarem-se. São uma espécie de momento da eternidade, postos onde os encontramos:
Agora, mesmo sendo isso, não te esqueças de responder a isto:«Como te vês a ti, minha amiga?»
A verdade é estares a responder, por isso te dou os Parabéns!Aqui te envio um comentário, do qual podes fazer uma participação no teu blog, ou não. Dás conta que não fiquei à espera de resposta tua, sou querido?Outra coisa, no último conto do Assim ele está a escrever, supostamente para ti, de súbito “não mais que de repente”, põem-me a responder para uma outra, ficas-te ciumenta?Aí te deixo mais uma possibilidade para falares de ti, és ciumenta?Perguntas de sobra, mesmo para um dia feriado!
http://assim-leitor.blogspot.com/
Francisco Coimbra

O mundo que queria na minha mão

Debrucei-me sobre o mundo em busca de um olhar profundo,
mas só consegui mostrar o meu
a quem só queria ter um mundo em momentos que nada são.

Será que o que julgamos ser hoje, poderá ser amanhã
sem a certeza de termos o mundo nas nossas mãos?
E os momentos que nada são,
serão provavelmente o que temos em comunhão.

Será por isso que penso no teu olhar agora que te leio e te escrevo
sobre o mundo que queria ter na minha mão
http://marimarquesblogspotcom.blogspot.com/2008/04/o-mundo-que-queria-na-minha-mo.html
Maria Marques

Como te Vês?

Antes que o dia de hoje acabe, cabe-me responder, com prazer. Vou ser breve e usar o que já tinha escrito para te escrever: Andei a ler no teu blog, retive: «fico feliz por saber que os poucos amigos que tenho, me vêem como eu sou». Já me deste um bom motivo para mantermos esta escrita: sermos amigos, isso me permitirá ver-te como és. Embora me pergunte e te pergunte, não acabamos por ver os outros como somos?
Não, penso que não. Começamos por ver os outros como somos, mas, como aprendemos, ou podemos aprender com eles, podemos acabar por os ver como eles se vêm.
Como te vês a ti, minha amiga?
Francisco Coimbra

Tema Exposto

São palavras poucas
envoltas em sentidos "loucos" por serem
mais que palavras...
Uma flor ficou!
E eu gostei da flor tão pequenina!
Coloquei-a sobre os lábios
e deixei-a solta com um beijo meu
E eu gostei de lê-las!
Essas palavras poucas
Iluminaram-me esta página solta
onde escrevo agora
sobre um tema exposto
Do "Tu cá, Tu lá"
Será que vou ter resposta?
http://marimarquesblogspotcom.blogspot.com/2008/04/tema-exposto.html
Maria Marques

Espreitou...!!

Espreitei, um olhar breve. Vou deitar.Estas poucas palavras talvez te bastem para escreveres. Podem ser muitas, poucas? Podem vir nenhuma, se isso acontecer, no dia seguinte..., volto a escrever.Gostei… mesmo se me fico pela impressão ainda por revelar!...Obrigado pelas que agora recebi, anónimo quedo; junto uma rosa ("a flor que te dou...")
Francisco Coimbra

Respostas

As respostas surgirão...
como tudo na vida é um sim e um não,
eu hoje vou ser um sim,porque te quero
Ver! Falar!
E talvez assim possa te falar através da única voz !!!
A do coração!
Mas o blog já existe sim...foi lá que me encontraste,
talvez com algum senão!!!
Maria Marques

Respondo

O que vou fazer com o que escreveste é “escrever”, nosso comum interesse. São palavras que junto a tuas palavras para escrever a partir delas; partir, com(o) viagem...As interrogações que levantas deixo que tu própria as respondas, se quiseres, quando quiseres. Em relação a estas, é o mais certo. Escrevendo como escreves: Será?Gosto que sejam os leitores a responder às perguntas, encontrando, procurando qual a resposta – que julgam que – são dadas a essas perguntas. Se formos falando-nos iremos dizer de nós o necessário para ir desatando os nós que pareçam estar cegos.Faz-me um favor, envia o endereço do blog, uma direcção… onde, se a escreveres numa página, farás com que o leitor vá dar à página inicial. Como já iniciaste, é uma forma de reiniciar. Pode ser?Esta pergunta saberás se a respondes, eu quererei ser o anónimo que vai responder/comentar todos os teus textos… Será? (deste modo o meu nome nunca se gasta, smile :)
http://assim-leitor.blogspot.com/
Francisco Coimbra

Quem Somos

De facto somos uns perfeitos desconhecidos.
Mas quem será que somos?
Que nem a nós mesmos conhecemos?
Sim essa do "Tu cá, Tu lá", é na verdade só uma atitude.
Tu aí e eu aqui
Somos alguém que escreve e é nas palavras que nos encontramos...Sera?
Somos alguémque se interessa por alguém,mas é na sombra que permanecemos...Sera?
Porquê tantas interrogações (???).
Porque será que Nós de repente passa a ser Nos,
se é nos outros que nos revemos
Pois é! Eu agora estou aqui a falar de Blog de "Tu cá, Tu lá"e até ja colei os textos no tal blog... Porque não???
Para prosa não tenho grande aptidão,porque a poesia está mais à mão....
e assim um blog fica mais completo...
com palavras que serão aquilo que nos tira a inquietação.
O teu nome é só um nome,mas que tem estado presente em mim.....porque o meu nome está gasto pela voz e pela escrita.
Fico à espera!

Maria Marques

Quem te Escreve

Somos uns perfeitos desconhecidos, a perfeição é muito mais possível por omissão. Porque a omissão é sempre possível, já… emitir, dizer, escrever vamos ver.Sou quem te escreve, é isso que quero ser para já. Para depois, depois de escrever, quero ser quem te lê.
Depois ainda, quem te começa a conhecer?
http://assim-leitor.blogspot.com/
Francisco Coimbra