sexta-feira, 27 de março de 2009

Alma e palavras

Na seiva das lianas
Entre labaredas
Nascem palavras,
Brilham os poemas,
No crepúsculo da alma do ser.
Barco que navega…
Farol que ilumina
Os meus olhos
Na luz dos teus…
Entre a felicidade eterna.
Ondas que aconchegam a praia
No abraço dos amantes
Que adormecem em sonhos
Ecstasy do amor...
Na loucura sã que se sente.
Oh! Como é bom sentir…
O pássaro que voa,
Asas que planam nos braços do vento
Na liberdade…
Quebrando as correntes
Das amarras do amanhecer.
A obra nasce…
Em fecundos momentos
Delineando nas letras
Pinturas permanentes
Na alma do poeta.

Fotografia - Graça Loureiro (tema - Heaven)

Agradeço o convite formulado para participar neste espaço. A todos o meu obrigado.

Tríplice

Foto de Gastón O´rigami
Da tríplice forma de estar
Três deusas, ouso
Três corpos, desfruto
Três almas me consomem

Ao vértice infinito superior
Estás tu, meu eterno Amor

Nas bases me chamusco
Em labaredas de engano

Triângulo recto
De incertas linhas de destino
Nele insiro as circunferências
Desatino
De tantas perdidas nas entrelinhas
As hipérboles, intrometo

As parábolas circunscritas
Nas paredes do triângulo
É questão de geométrica

Da tríplice forma de ser
Três deusas, esconjuro
Não vejo nelas… futuro
Nem forma de todas ter

As três, no vértice cimeiro…
Do triângulo…

sábado, 21 de março de 2009

Essências Nas Rosas

Busco o sonho
Nas tuas mãos
Quando me trais
Por nada
Ou quase nada

Que é do teu rosto magro
A tua boca farta
O teu único sorriso?

Quero-me em ti
No início de mim
E colher essências
Nas rosas
Do teu jardim

quinta-feira, 12 de março de 2009

Anseio


Anseio
a chegada do
esperado dia,
sortilégio de
uma vida,
contida nos
seus sonhos
que disso mesmo
não passavam...

Anseio
o surgir da
hora,
alimentada pela
vida fora,
implementada
pelo manusear
de pedaços
de sonho lindo...

Anseio
pela demora,
que urge
passar,
pelo nervosismo,
emergente,
que me tenta
sufocar!...

domingo, 8 de março de 2009

Ocupação

I

de pés cruzados,
nas pernas estendidas,
escrevo o corpo

recostado
sentado na sala

oiço agora a água a correr

Francisco Coimbra

Um corpo que fala
De uma noite
Que não foi
Um corpo

Um lavar da alma
Que sofre
E se estende
Num espaço findo

Dolores Marques

II
se não falar dele,
se ele não se manifestar,
o corpo quase passa desapercebido

como dizer o corpo
sem o descrever

na posição ocupada?

Assim (F.C.)

Foi-se com um beijo
Falou o corpo

Um olhar esquecido
Numa estrada
Sem nome
A dar ao corpo

E sofre....
Por não ser...

Só ser... um corpo

Dolores Marques


http://novoolharomeu.blogspot.com/


http://www.sobresites.com/poesia/forum/viewtopic.php?t=5818 Francisco Coimbra

segunda-feira, 2 de março de 2009

Lamento

E os rastos
de quem pensou
te esquecer
jamais foram
apagados
pelo tempo.

Contexto
que contraria e
faz sofrer...
sortilégio
intuitivo
de um lamento!...