sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CÁ POR DENTRO...


Janelas que se abrem para um universo
Que portas encerram
De um modo perverso!
Dentro o abrigo, o quarto, a mesa, o sofá
Palco íntimo de achados
Por aqui e por acolá!
Livros, filmes, música, imagens
Cosmogonia particular
Fragmentos de interseção
Construindo uma identidade peculiar
De combinações contraditórias de divagação!
Rituais de revoltas cismadas…
Socar, enganar, perfurar, esfaquear
Mente, sexo, veias…pulsões estranguladas!
A violência e depois o abandono
A mão sobre o dorso da outra
A mão no pé, na perna, no regaço
Um imenso cansaço
O cotovelo no joelho, as pernas cruzadas
O braço entre as pernas
Prostradas!
Entre o desassossego e a letargia
No dia após dia!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

trovas...dias cinzentos

 
 
 
Começa a chuva a bater

bate o coração no peito

é o inverno a acontecer

e esta saudade sem jeito.


bate no vidro da janela

não me deixa ver o rosto

que eu amo através dela

de manhã ao sol posto...


já são as horas tardias,

nada me traz as respostas

luzes nos vidros sao frias

angústias me são impostas


sugam a alma num estertor

óh...estes dias tão cinzentos!

embaciado anda nosso amor

são cinza os sentimentos...


desfazem-se palavras a medo

já não sabem nem que dizer!

abrandam-me a dor em segredo

ah...não deixa a chuva de bater!


natalia nuno

rosafogo

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

...nas mãos esbeltas d`um louco amor errante


A manha enlouquece nas mãos esbeltas
d`um louco amor errante cativo do tempo
e as pétalas nos corpos brancos resvalam-se
despindo-os sôfregas numa volúpia quente

São horas de despudorados aconchegos mil
nas bocas salivantes gemendo momentos,
e os asteriscos saltitantes, perdem-se nús
nos olhos chamejantes de aromas, do rosto teu

A voz embarga-se num rouco vagir, ciciado
nos lençóis cobertos dum querer escarlate
e as horas inundam pueris os corpos desnudos
num precipício alucinante da doce palavra “céu”

Escrito 12/12/12

Ano Novo



















Além
O sino tocou
O nascer do menino
Tocou
O morrer do velhinho
Tocou
À bênção do Senhor
Tocou
À chegada do Salvador.

Dlim dlão
Toca o sino de novo
Dlim dlão
Vem aí um ano novo
Dlim dlão.

Que dê pão
A quem tem fome
Que se unam e abracem
Os povos em guerra
Que haja bom senso
Nos homens da terra.

Que a luz ilumine
Os corações carentes
E haja paz e amor
Entre as gentes.

Maria Antonieta Oliveira