segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O QUE ESPERO DE TI...!!!


Som envolvente...
teu espírito latente...
sua em lágrimas com teu corpo quente...
teus olhos fugiram do Sol...
Que grita por ti...
grita em temor...
Cego sem ti, eterna dor...
Teus lábios a fonte...
da nossa dança ao luar...
Sem ela se cansa num infímo horizonte...
com ela se prolonga a noite...
o sol, em cumplicidade, sabe esperar...
teu peito, uma rocha, em meu gelo...
Que se derrete no vulcão de minha saliva...
Torrente de desejo, seiva de vida...
que refresca tua alma...
meu peito quente com teu fogo...
que me transforma em algo belo...
te inspira a recitar o que lês em minha palma...
que dilacera a tristeza...
Transparece tua sóbria beleza...
A realidade da núvem negra que me fez adormecer...
é a virtualidade da alva núvem que me faz viver...
ao exerceres sobre mim tal magia...
Não preciso acertar o velho relógio do Tempo...
Vejo em ti, a hora certa do dia...
Sinto em mim o aroma do teu vento...
Em teu ventre ouço sons,dos confins do Universo...
palpita de vida...
palpita por mim...
Sorri apenas porque ainda existe um jasmim...
Ali sorrio em teu jardim...
ali me santifico até meu fim...
vejo teu olhar em mim plantado...
Em que nada te peço...
Uma rosa da noite...
Um cristal abraçado...
Que palavras uso para te descrever?...
Palavras que ousei sonhar conhecer...
Que palavras percorrem a minha língua...
E tocam o arco de teu delicado pé...
Que palavras me entalam...
Me fazem estremecer...
Me secam a garganta, os dedos, a mente...
Que cruz é essa em teus lábios???
Será minha fé...
Após a escuridão...
serás meu amanhecer...
Teu respirar transparente...
Mesmo ausente... me encanta...
Acordo em segredo...
Acordo em teu medo...
Neste Céu apenas...
Tua núvem branca...

DARKRAINBOW

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Outra Face do Mundo

Um sonho que se esmera
Em ser mais
Que um simples sonho
É a vida que se entrega
Nos meus olhos
E se perde nos caminhos
Tristes e singelos

É o meu grito!
Um sinal que se estende
Para lá de um olhar
É a dor presente!
E são pétalas raras
Que se resguardam
Na imutável face
De um sorriso rasgado

Sou um tempo perdido
Gastei-me num momento
E no real infinito,
Reaprendo sempre
Através de um olhar presente
São momentos raros
Findos neste caminho escuso
E eu gasto-me nos gestos
Para me dar inteira a ti

Não vês o que te espera
Há um trilho que se quer
Alargar na despedida
Não sei se te vi a ti
Ou se os meus olhos
Te inventaram
Neste que é...
O outro lado do mundo

Os sonhos perderam-se!
Não te vi sequer a correr
Para o lado de cá
Ficaste na margem
Que se quer perdida por aí
E eu retornei a casa
É a minha morada
Aquela que eu sei

Porque já a vi!
********************
Mª Dolores Marques

Percorro o meu caminho


Percorro o meu caminho
O meu fado o meu destino
Ora só, ora acompanhada
De amigos, de gente desconhecida
Percorro-o ora lenta ora apressada
Sem querer saber o términos do caminho
Num constante caminhar
Por estradas desconhecidas
Interagindo com pessoas amigas
Ou com pessoas desprovidas de carinho
Caminhando sempre
À luz do sol, da lua, das estrelas…
Na noite escura e sombria
Com a alma dorida, entristecida…
Mas… o meu ser caminha erecto
Sem fraquejar, nem desanimar
Sabendo que, o caminho por fim
Tornar-se-à coberto de pétalas de rosas
De amores-perfeitos, de lírios brancos…
De sonhos coloridos.
Por isso tento sempre caminhar
Viver e continuar a sonhar

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quantas Serão...




Poema escrito por Conceição Bernardino e lido por Vóny Ferreira


"QUANTAS SERÃO..."

Uma criança de olhar rasgado

impetuosa, de maus tratos

afagados de lonjura,

sequiosa de mil carinhos

brinca com a fome

nos vales da miséria,

num infantário descampado

de doença e tortura.



Já se escondem entre a morte

e o cheiro nauseabundo

de um mundo que se faz de cego

a tantos campos de concentração,

onde as crianças permanecem

sem qualquer sonho,

sem qualquer ilusão,

à espera de um tempo que não passa,

onde o sol brilha

sem qualquer graça

E a incógnita fica:



Amanhã quantas serão?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Lágrimas Correntes que Adormecem

Somos o improvável
E o consciente ser
Num mundo
Onde cresce o saber

As cidades dormem
Ao fundo...
Os rios cantam melodias
E nas noites frias,
Há um sol que adormece

Morre a eterna dor
Do conhecimento
E e as dúbias cenas
Encantam num palco raso

Alargam-se sorrisos
Os pirilampos dançantes
Bafejam num mar
De sonhos

Nas horas
Em que o vento sopra
Escondem-se nas orlas
E nos barlaventos

Perdem-se em lamentos
Choram lágrimas
Que adormecem
No rio corrente

Mª Dolores Marques

Nosso Jeito de Ser

Imagem de André Louro de Almeida Somos suas ruas, suas praças, seus jardins
Suas escolas, seus professores e seus alunos...
As suas regras e as suas crenças, somos.

Com nossos olhos, enxerga
Com nossos cérebros, pensa
Com nossos braços, trabalha

A melodia...
A poesia, as lágrimas... Tristes
Em nossos passos caminham!

Os hospitais, os presídios, os asilos
Onde nada é belo, em nosso corpo
E em nossa alma, vivem!

As crianças nas ruas pedindo
Os esgotos, os lixos, somos nós...
Na imensidão de nossa burrice!

Ó querida cidade!
E o espelho da vida, por tamanho
Impropério, gargalha.


Ulysses Laluce

Premio - Sobreviventes ao Romantismo


Aqui apresento o primeiro selo criado pelo blog Sentimento Calmo intitulado de "Sobrevivente Ao Romantismo".Com este pequeno prémio, pretendemos honrar as pessoas que ainda se regem pelo coração. Que percebem o que é o verdadeiro amor, que lutam por ele, e o conseguem transmitir na sua escrita. Pretende-mos ainda vir a conhecer com isto mais sobreviventes ao romantismo.Este prémio foi-nos entregue pela nossa amiga e colaboradora Liliana Maciel

Este prémio obedece ás seguintes regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Sobrevivente Ao Romantismo.
Aqui estão os premiados:
De entre as pessoas que estão aqui adicionadas, penso todas já terem recebido o prémio. Agradeço em meu nome para este blog, o gesto da Liliana.