quinta-feira, 10 de março de 2011

Pertinho do céu
















Sento-me num degrau qualquer
pertinho do céu

Desfolho os raios solares
lentamente,
como quem degusta
o corpo do destino

Sinto a suavidade da tua voz
sussurrante
estremecendo-me
em inacabado desatino

Perco-me na infinitude
desse mar
nas sinuosidades escarpadas
do teu corpo.

Em abraço perpetuado,
permaneço
neste meu modo simples
de estar

Liberto-me na mais pura
essência de vida
rasgo as barreiras dos mirares
delatores
e no cume do despenhadeiro,
reinvento
uma nova forma de recomeçar

Num degrau pertinho do céu

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