domingo, 13 de março de 2011

UM MOMENTO

Para a prosa se encontrar com o silêncio cavalga uma poesia sem versos onde se agarra às crinas sentindo os dedos nas mãos levando o sonho do corpo entregue ao movimento onde se integra e interage com o universo num todo mudo onde a voz modela a fala da escrita e dita este diálogo surdo onde mudo da noite para o dia na alegria dador de coloridos doridos de todos os excessos entregues à escassez capaz de ditar a penúria exótica duma normalidade excelente para absorver a loucura dando-lhe cura numa suave melodia onde canta a cotovia ou viaja onda no mar dum continente a outro até circundar a ilha nua onde se despe o tempo ao deitar nu um momento.

2 comentários:

Haere Mai® disse...

Fico muito feliz por nos ter dado o privilegio da partilha deste texto magnifico.

Muito obrigada Francisco


Beijo azul

Francisco Coimbra disse...

Grato pelo Beijo azul, imag. o arco-íris! Bjs