No céu mesclo de azul
toca o eu perdido nas gotículas
nostálgicas das nuvens
e no brilho celeste do meu olhar
penso-te….
Os mares ausentam-se
nas cavernas terrenas
sou rio correndo agarrado
à noite lunar…
despido
Trago nas águas malhadas
o meu outro eu
aquele que cega e paralisa
no vácuo doloroso do tempo
E as mares voltam a encher
embebendo-me as veias
dilatadas de ti
Deixo pegadas de pés
na terra ausente
e no ar os aromas de todas as coisas
que me faz gente
Com rasgos de ternura
adormeço-me nos braços da vida
E o tempo morre nas minhas mão entrelaçadas
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