Escrevo-te , meu doce amor , desta "terra do nunca" ...
podiam ser flores balançando na ponta luminosa
duma lamparina de lágrimas
tombando sobre o teu querido retrato , estilhaçado !
flores dizimadas estampando gritos nos escombros ...
podiam ser estrelas cintilando nos corpos , fragmentados !
nebulosa de sangue escorrendo pelo teu amado vestido ...
pés e mãos em aflição constroem o elo do tecido , paixão !
com amor
dum lado e do outro, por toda a rosa-dos-ventos
sopram pressas de chegar , abraço !
unem-se as velocidades trepando os montes , caídos ...
e em toda a mão há um pedacinho de céu , ajuda !
ante um inferno de mágoa ...
mas ...
é tão sagrado este momento
que se fossem flores
não seriam tantas as letras tingidas
de
sofridas
Teu Akira
Luiz Sommerville Junior , A Madrugada Das Flores ,160320111814
1 comentário:
Japão... Tão lindo, e agora, tão triste...
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