sexta-feira, 4 de março de 2011

Ai esta solidão!


ai esta estúpida solidão
que me morde a mão...
que me amassa névoas...
no recanto do espelho.

procuro na palavra...
uma terra de sílabas...
um frasco de frases...
para lavar a véspera de tudo.

não!..não partilho a minha embriaguez
com os gestos efémeros de um qualquer copo oxidado
nem dispo o nó cego que me atolaram na garganta

ergo no ar a guilhotina da rima 
que me faz renascer...
que me faz migrar...
na última estrofe com resíduos de insanidade.

Eduarda

1 comentário:

Maria Gomes disse...

Olá amiga, muito, muito lindo este teu poema, gostei muito, beijinhos.