Tive a dita de ver, linda morena,
Teus olhos negros; negros d’ encantar.
Tua rósea boquita, mui pequena,
Feita só p’ra cantar, beijar, amar!...
Francamente, eu digo, com que pena,
Te verei partir; a alma a soluçar.
Por numa, nem sequer, conversa amena,
Este amor meu, poder-te, confessar.
Partirás – De mim algo irá contigo,
Deixarás tua neste peito amigo,
A recordação grata e sedutora!...
E mesmo quando, já depois ausente,
Inda, em canção, ouvirei ardente,
A tua voz de linda sonhadora…
(Veríssimo Salvador Correia 1933)
2 comentários:
Lindo, muito lindo este soneto.
Beijinho amiga Olema, parabéns, pela poesia postada, andei lendo e é toda uma maravilha.
Olema, um grande prazer ler, saber e conhecer-Lhe o gosto da poesia.
Gostei muito da ideia e da participação
beijo e seba Bem vinda a este espaço
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