Quem – mas quem sou eu afinal?
Que origem me vem escrita no sangue,
Que misteriosa fonte dita o homem?
- Em que prodigioso manancial
sorveu ele a vida e brotou o Amor?
Morará o meu princípio no Acaso
Filho de matéria inerte e da noite,
Por seu turno saídos do Nada?
- Será que por detrás dos ventos se acoite
Portentoso Zero que à vida deu azo?
Ao Nada rendo a minha homenagem
E em nome do Ser a gratidão
- Não foras tu ó grande Ausência
Que em arroubo de dantesca potência
O mundo arrancaste à eterna solidão!
Obrigado oh Nada pelo teu cuidado
Em dares vida ao vazio imenso.
-Que ondas do mar te inspiraram
- Que estrelas porventura te levaram
A dares provas de tão esplendoroso senso?! (…)
Antonius
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