sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

RAIZ QUE SOU

Oiço o barulho do tempo

Trazido na onda dos eternos silêncios

Oiço dos medos a amargura

Velada por palavras de candura

Vejo o que não vejo que esse tempo

Trazido por ventos de loucura

Trás sussurros do canto de uma mãe

Escuto em murmúrios de enlevo

Vozes que vêm de há muito

Consumidas da vida no enredo

Daquilo que são vestígios de mim.

Oiço remotos silêncios

De quando eu não era ainda

Chegam a mim como original momento

Essencial força feita raiz funda

Dessa árvore não medida

Em que o tempo me tornou,


Antonius

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