quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

AMO-TE

Amo-te.

Dum amor que me não cabe no peito,
Rio rebelde para quem não basta o leito
E se escapa nos poros da minha pele,
E se espraia no relevo do meu corpo...

Amo-te assim...

Como se o mundo parasse p'ra eu passar,
Como se o ar me custasse a respirar,
Porque só de amor o meu ânimo se alimenta
E o coração é só batel que busca o porto...

Amo-te tanto...

Que o sentimento transborda o meu olhar,
Que os meus sentidos se unem p'ra te cantar
Em versos que não encontram relicário
Ou nobre pena que mereça o que exorto...

Amo-te, enfim...

Mas não descubro palavras para polir,
Sublime azul onde eu possa fazer fluir
A essência rara que eu queria decantar!
Então escrevo só teu nome ... verbo amar!

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