quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rascunho

Poderia ser um rascunho


esquecido na janela onde encosto
as chuvas da alma ou balanço as memórias
numa tela sem cor


guardado num reduto interior onde embrulho
o vazio do tempo ou afundo
a fria dor


extinto no silêncio das águas onde esvoaço
entrelaços ou diluo
desacertos


dissipado nos ramos do vento
planura de espaços onde me faço
eterno movimento


caído numa lágrima onde me cega
a luz que não passa
e me dói a morte dos pássaros.




Marialuz

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