domingo, 13 de fevereiro de 2011

Agora e na hora da nossa morte

O tiro disparado das palavras agora e na hora da nossa morte.
Chegam os pássaros para a despedida, até a lua fecha os olhos para não ver o teatro deplorável das noticias.

O tiro disparado das palavras agora e na hora da nossa morte. No quarto de hotel a noite inventa um crime... tu dormes tranquilamente como uma pedra sobre a voz daqueles que se anulam.

Agora e na hora da nossa morte.

O tiro disparado das palavras, o medo entrelaçado nos dedos como um rosário, um comando pronto a desligar a respiração. Aquela montanha que se vê grande como um olhar que deixa a terra. Agora e na hora da nossa morte.

E de novo chegam os pássaros e todas as coisas comuns como se fossem as mais profundas. A morte é uma coisas pestilenta que sai como um tiro, infame destino dos que se divertem a pensar verdadeira tão grande mentira.

Agora e na hora da nossa morte

Lobo 011

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