Sou nada no vazio que me consome
nesta inquietação letal,
laje que agasalha o ardor do meu sangue,
já não canto a primavera
nem danço nas falésias do teu corpo
Sou musgo amarelecido,
palanque de fogachos demoníacos
afogueando os contornos do teu rosto,
íris cega da própria cegueira,
carvão desactivado nas brumas do olhar,
vida que se esvai, no longínquo de mim…
um tudo e um nada nesse mar enchente
Sou… o que sou, modelação viva de ti
na impecabilidade do teu próprio existir
Sou eu e tu irrompendo em mim
assim… pessoa
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