És a Lira que desde sempre almejo
As cordas dedilhando em delírio
És Oboé, violino, sonhado Beijo
Dos jardins da minha música eterno hino
És compasso, canção és melodia
Egrégio fazedor de nobres artes
No teu génio fiel a alegoria
Nas mãos a sabedoria de Descartes
Em tuas cordas a mais bela sinfonia
Executo entre incrédulo e surpreso
Sentir teus acordes é pura magia
É sentir o amor em fogo, aceso
Olhar-te é ver claro obra acabada
É ver da mulher símbolo perfeito
É sentir que acima não há mais nada
Que o belo a fazer está já feito
Antonius
(Antonio Bernardino)
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