Sondo o futuro
com os olhos apocalípticos do profeta
bebendo a treva do caos
na malga de sangue
dos impérios desmantelados.
À minha volta
tudo se desmorona
numa vertigem de sinos
e ânforas quebradas.
Todos os sinais se completam.
Todos os horizontes se fecham
no ponto sem retorno
do fim dos caminhos
e no clamor dos abismos
a retornarem ao pó e às cinzas.
Atrás do reposteiro escuro
do consumar dos séculos
desfolho, lentamente,
as ultimas folhas do calendário,
o derradeiro salmo dos condenados.
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1 comentário:
Escreves com muita sabedoria,são palavras de visão que contam com um cenario próprio de acontecimentos presentes de um breve porvir.
Maravilha ler tuas letras bem escritas e rotuladas a verdade.
Um grande abraço
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