Vem, enterra as palavras na terra
deita-te no silêncio das pedras do rio.
O pôr-do-sol é quase um espaço
dentro do mar.
Ouçamos a luz do dia, caminhemos juntos
entre as sombras da montanha.
Eu afastarei as escarpas, os ramos quebrados,
a escuridão do vale.
Apaga a noite por dentro.
Ao nosso lado os sonhos sorriem
seguem, seguros, o mapa dos relógios
a linha verde do luar.
Que venham as neblinas de outono
e os gemidos do vento.
A claridade do tempo
ensina-nos a respirar.
Marialuz
2 comentários:
As palavras também são luz, claridade, amparo, amor. Pelo menos as tuas, que sabes entrelaçar tão bem, em grinaldas de pura poesia...
Beijo, Maria.
Surprende-me sempre a riqueza e a beleza que encontro na tua poesia.
Sempre presente nostalgia, sempre ela a bater-te à porta.
Lindo amiga,
beijo
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