Estou de partida para o desconhecido
Minha ânsia é sempre estar de partida
Ver a cor, o cheiro, o barro de que é tecido
Uma terra diferente da rotina e apetecida
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Vou caminhar por outras cruciais histórias
Ler nos rostos negros as ânsias nunca lidas
Entrar em casas de outras eras e memórias
Com vidas dentro para o acaso impelidas
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Vou descobrir esse continente africano
A raça garbosa de ébano dos seus corpos
Com o seu olhar profundo e tão insano
Pela humilhação de todos os seus mortos
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No deserto silencioso vou em peregrinação
Pés nus pisando as dunas de areia quente
Com as visões ensandecidas do sol ardente
Procurando na aridez de tudo a superação.
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2010
1 comentário:
Bravo!!!
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