O cérebro num labirinto
as pétalas sem perfume
uma canção
(é quase Primavera)
o Sol no vento
e as memórias a encharcarem-me de imagens
o rio parado
em Lisboa eu sou mais livre
não sei o que sinto,
mas
não quero ser
o corpo
em fogo
em noites de solidão
um toque suave de mão
um olhar terno sem fim
não quero
a dúvida
num sorriso sem resposta
o (des)encontro
num beijo
breve esquecer de mim.
Agora nem há dor.
A confusão
resiste ao Sol
num turbilhão de pensamentos
as lágrimas
de
e
n
c
o
n
t
r
o
ao azul da tarde fresca.
Não me apetece estar
recomeça a fuga
é urgente partir
de-fi-ni-ti-va-men-te
e
não lembrar
as palavras...
3 comentários:
É quase Primavera?
Onde foram parar
as flores?
o chilreio
alegre
dos pássaros?
Porque se desfolham
agora...
As pétalas das flores?
Recomeçar...
talvez...
Neste Outono ensolarado
enfeitado
de lírios roxos
carbonizados.
O vento varre o sol
em enxurradas agrestes
Seca os rios.
Ainda ouves os pássaros?
Ainda sentes os abraços?
Recomeçar...
Adiar...
Viver
Aprender.
Matar a solidão
Com um sorriso
E depois sim...
RENASCER!
VÓNY FERREIRA
Primavera...quase Verão de São Martinho,com as castanhas a fumegar e a estalar enquanto perfumam as ruas...prometendo o perfume de cheiro a Natal...que devagarinho vai chegando
Abraço
São verdadeiros tesouros os teus caderninhos de capa preta. Absorvi-lhes a energia para poder voltar a escrever...não sabias pois não?
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