Bebo dessa leveza transcendente
Sacio o meu corpo com as cores da paixão
Banho-me nas marés que abrigam os vendavais
Lavo a alma. entrego-a nua...a ti
As lágrimas que por ti chorei
Envolvem-me num manto leve
As areias do deserto
Absorvem esta corrente quente
E abrem-se a novas tempestades
Encontram-se já nas proximidades de nós
Anuncio um voo lento...Levo comigo a solidão
O sol alonga-se na quietude do meu corpo
E desfalece na fluidez de uma longa estrada
Cativo de um rosto sem nome
Resguarda-se e amansa os espasmos da loucura
Esbarro-me com o tempo e dispo-me na lua
Canto-te uma nova poesia
Mas não sinto a imolação do desejo
Deito-me nessa corrente vadia
Denuncio-me num novo tema
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