No tempo que nasci,
Encontrei apenas um VIOLINO. ….
Já envelhecido,
Apenas o distinguia como um “L”.
As notas eram de vento
No seu filamento, o som era puro,
Palavras sagradas voavam
Sobre mim…
Ensinavam-me tudo o que uma criança pode saber…
Assim cresci.
Um dia, o VIOLINO calou-se.
Aprendi a chorar,
Mas eu multipliquei-me.
A magia voltou,
O VIOLINO voltou a tocar,
As notas ao princípio, eram apenas uma brisa.
Mas dia após dia, também elas voaram.
Elas e eles cresciam,
Tanto esplendor…
Afinal, eu também tocava.
As minhas notas também voavam…
Descobri que criança é toda igual,
E eu também lá estava…
Invisível.
Também as minhas iriam descobrir,
Que cada nota de nada vale…
Só juntas fazem milagres.
Fazem melodias,
Fazem famílias de notas,
Onde o som não é tudo.
Haverá dias, que o som se tornará apenas num toque,
E o amor será o seu guia
Onde apenas o belo tem som.
Mas eles crescem…
Cada dia são menos meus.
Como ensinar tudo?
Falar dos Deuses?
Ulisses,
Ele também ouviu notas falsas,
Mas o mar ainda é o mesmo.
Mas “estes marinheiros” ,
São meus…
Navegando em naus de BONDADE,
As cordas são notas da minha vida.
Passadas fio a fio com o saber do passado,
Experiências sempre entrelaçadas com o AMAR,
Serão elas capazes de resistir em continuar a navegar?
É tarde para mudar de oceano…
Resta-me que guardem o VIOLINO,
As notas continuam a ser de vento.
Serão sempre notas livres,
Terão lágrimas de SANGUE e SUOR,
Onde os “homens” que eu vi crescer,
Possam sem vergonha oferecê-las dizendo:
– São notas de família.
– São notas LIVRES e BELAS,
E de dentro do seu interior,
Todas as notas soarão a BELO.
Eu, poderei então colocar lá no alto uma cruz.
Também ela BELA,
E com palavras BELAS deixo escrito:
- Aqui, viveu um VIOLINO…
Com ele, aprendi a chorar em silêncio,
Mas de dentro dele,
Saíram todas as palavras belas
Que transformaram gerações de palavra em palavra.
Hoje, poderei partir em paz.
Hoje tudo será BELO.
Encontrei apenas um VIOLINO. ….
Já envelhecido,
Apenas o distinguia como um “L”.
As notas eram de vento
No seu filamento, o som era puro,
Palavras sagradas voavam
Sobre mim…
Ensinavam-me tudo o que uma criança pode saber…
Assim cresci.
Um dia, o VIOLINO calou-se.
Aprendi a chorar,
Mas eu multipliquei-me.
A magia voltou,
O VIOLINO voltou a tocar,
As notas ao princípio, eram apenas uma brisa.
Mas dia após dia, também elas voaram.
Elas e eles cresciam,
Tanto esplendor…
Afinal, eu também tocava.
As minhas notas também voavam…
Descobri que criança é toda igual,
E eu também lá estava…
Invisível.
Também as minhas iriam descobrir,
Que cada nota de nada vale…
Só juntas fazem milagres.
Fazem melodias,
Fazem famílias de notas,
Onde o som não é tudo.
Haverá dias, que o som se tornará apenas num toque,
E o amor será o seu guia
Onde apenas o belo tem som.
Mas eles crescem…
Cada dia são menos meus.
Como ensinar tudo?
Falar dos Deuses?
Ulisses,
Ele também ouviu notas falsas,
Mas o mar ainda é o mesmo.
Mas “estes marinheiros” ,
São meus…
Navegando em naus de BONDADE,
As cordas são notas da minha vida.
Passadas fio a fio com o saber do passado,
Experiências sempre entrelaçadas com o AMAR,
Serão elas capazes de resistir em continuar a navegar?
É tarde para mudar de oceano…
Resta-me que guardem o VIOLINO,
As notas continuam a ser de vento.
Serão sempre notas livres,
Terão lágrimas de SANGUE e SUOR,
Onde os “homens” que eu vi crescer,
Possam sem vergonha oferecê-las dizendo:
– São notas de família.
– São notas LIVRES e BELAS,
E de dentro do seu interior,
Todas as notas soarão a BELO.
Eu, poderei então colocar lá no alto uma cruz.
Também ela BELA,
E com palavras BELAS deixo escrito:
- Aqui, viveu um VIOLINO…
Com ele, aprendi a chorar em silêncio,
Mas de dentro dele,
Saíram todas as palavras belas
Que transformaram gerações de palavra em palavra.
Hoje, poderei partir em paz.
Hoje tudo será BELO.
José Luís Lopes
1 comentário:
José Luis, muito belo e melodioso o seu poema....
Obrigado por aceitar o meu convite para o "Tu Cá , TU Lá".
Seja bem vindo
Bjs
Dolores Marques
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