Hoje não estou!
Saí no silêncio das palavras
As que ouvi e não senti,
Ou
Não entendi…
As que gravei no peito…
Saí!
Parti sem destino
No refugio
Do meu interno sentir.
Ocultei cada sílaba
Do alfabeto grego…
Linguagem vã,
Insana e profana…
Hoje não estou!
Foi à procura das lágrimas
Que já não sinto…
Dos sorrisos do meu rosto…
Saí!
Na busca das silhuetas…
Neste dia vazio de sol e dor,
Sem chuva ou aguaceiros.
Hoje não estou!
Pois saí…
Nos vagabundos sentidos,
Momentos que engolem
A saliva agridoce…
Hoje não estou!
Nem para mim…
Ana Coelho
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