quarta-feira, 24 de junho de 2009

Eclipse


Acorda os sentidos molhados de lágrimas
nó na garganta
rouca
a solidão
perpetuada
em risadas infantis.

O Verão chega de mansinho
ora numa manhã abafada
ora chuvosa
infiltra-se no peito
amargura(n)do
o dia
em que os sonhos desistiram de ser.

Corre solta
a dormência da memória
inibidora
de momentos gloriosos
vilões assaltantes
curiosos
breves
intensos
salgados
espelho de mim
em lu(g)ares inventados.

Noite enfim.

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