quinta-feira, 25 de junho de 2009




Nas águas paradas
De um rio morto
Sem nascente
Nem afluente
Lancei o meu velho barco
Sem remos
Nem velas
Suspenso nas brumas
Indiferente ao vento
Imóvel...

Rumei à fronteira da minha mente
Nos limites do entendimento
Prisão obscura
Demente...
Onde não existe o ontem
Nem o amanhã
No espaço aberto do esquecimento...

Estiquei o meu braço inerte
E toquei o sino da morte
Chamando os corvos da noite
Desligando-me assim
Do tempo...

Impulsos (Lurdes Dias - Cleo)

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