Não procurei…
Nunca o fiz… com medo do nada
Que preenchia o meu espaço
Indiferente ás linhas da palma da mão
Às estradas e caminhos cruzados que lia,
Que percorri sem metas anunciadas,
Entre a névoa dos abismos.
Carreguei o fardo da vida…
Nos trilhos sinuosos que se abriam
Passo a passo… á medida que caminhava
Entre os sonhos e as promessas escondidas
Nos desejos que brotaram na fonte,
Como gotas de orvalho que escorriam
No caule de uma flor pela manhã.
Pedras e pedras ergui…
Tantas as barreiras que venci,Nos mistérios de um tempo que sorria
Interferindo abertamente na união
Construídas em letras e em escritas.
Nos delírios mais profundos,
Raros são os deuses que me tem escutado…
Atento… no silêncio, não ousei dizer
Com medo dos sonhos que fingi ter…
Louca, esta odisseia em que me encontrava
Nesta procura do próprio amanhecer.
Afinal…
Descobri em mim, o que sentia
Libertei a minha alma ao vento…
Sem medo de naufragar
Saciei a fome desta crença desgraçada
Vivendo para o amor doentio que me prendia.
Supus… que um dia
Entre as palavras imerecidas que escrevia
Com orgulho do destino que me abraçava
Que o meu pecado
A frase… treme ao ser dita
Ser… poeta!!!
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