sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sem Olhar Atrás

Entre um golo de Baileys e um tique-taque matei-te. Deixei-te à deriva no onirismo insano em que pairávamos e escolhi alcançar a razão, subi degrau a degrau de olhar inviezado, na esperança de te ver surgir entre as nuvens de areia. Hesitei por um momento ao chegar ao limiar ténue entre o sonho e a vida, mas tive que ser mais forte do que eu: chamei-me bem alto pelo nome, trepei o último degrau, agarrei no copo, olhei o relógio e desatei a correr atrás de mim. Desta vez sem olhar para trás.

4 comentários:

Gisa disse...

Pelo menos a lucidez de buscar-se sem tréguas.
Um grande bj

Poema as Bruxas disse...

Não é facil dizer adeus.

Anónimo disse...

Texto liindo! Todos nós precisamos nos chamar pelo nome as vezes. Beijos, boa semana p vc!

Teresa Teixeira disse...

Dizer adeus deveria ter um antídoto: assim, como uma palavra mágica, um "abracadabra", um portal secreto que nos fizesse ser donos do tempo, do momento... ou, sei lá, nos permitisse regressar ao momento quando a saudade mordesse...

Beijinho, minha Ana.