sábado, 30 de abril de 2011
OH!DESESPERO.
Passa um vento lento
Aragem lenta e doce
E o céu cinzento,
de nostalgia pesado
Se esta vida simples e clara fosse
Não seria o ventre dum tornado!?
Há flores que florescem em Maio
Sulcando o chão em liberdade
No meu céu perpassa a saudade
A ela me entrego, nela caio.
Desacerto o passo...
Nasce o cansaço
O meu chão já flores não dá
E o sonho jamais renascerá.
Alegre já me chamaram
De Poeta me fadaram
Mas tudo isto é tão pouco!
Já fui raio, já fui trovão
Como foi meu dia louco!
Talvez o vento tenha razão
Vejo-me menina ainda
A quem o vento o cabelo alinda.
Vejo-me menina no largo
Ao domingo da missa voltando
Chega a mim o travo amargo
É apenas sonho, estava sonhando.
Recordo a tarde que caía
O toque da Avé-Maria
E o luar que chegava, cedo demais
Recordo tudo com ternura
E às vezes dá-me a loucura
De seguir o odor dos laranjais.
E o vento perde-se no caminho
E o céu magoado num pungente sofrer
E meu sonho que estava tão pertinho
De novo me deita tudo a perder.
natalia nuno
rosafogo
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4 comentários:
Vento que leva e traz sonhos e esperanças...
Lindos versos
Um grande bj
Olá, Natália.
É tão doce e perfumada esta saudade em que me revejo!...
Belíssimo poema, amiga.
Agradeço a partilha e desejo-te a continuação de um bom domingo.
Beijinho
Marialuz
Obrigada Gisa, pelo apreço e carinho.
Beijo para ti amiga.
Obrigada Mª da Luz, sempre generosa e gentil, te agradeço o carinho, querida amiga.
Para ti também tudo bom.
Beijinho
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