sábado, 6 de novembro de 2010

Palpitações que sorriem dentro de mim!

O Outono grita pedaços de Inverno
dançam as nuvens em balbúrdia
no ventre do céu…

Pelos vidros escorem
gotas aconchegadas pelo vento,
o silêncio verte sussurros
num cântico vestido de branco.

A noite procura os vértices da madrugada
onde os corpos se vestem de palavras mudas!

Escorrega-me o pensamento
na ponta fina dos dedos,
balançam em mim metáforas
que se despem na contra luz das emoções!

Assobiam as folhas das árvores
a minha voz ausculta os sons
no fim da aurora,
os lábios vociferam acordes de silêncio,
palpitações que sorriem dentro de mim!


Ana Coelho

1 comentário:

Mª Dolores Marques disse...

Um poema que sorri a cada página virada dos dias dourados

Obrigada