terça-feira, 30 de novembro de 2010

Máscaras

 
(imagem retirada da internet)


Canso-me depois de me cansar, gasto-me depois de me gastar…
Acalma-te coração, não vale a pena a inquietação.

Não deixes as rugas chegarem e se enraizarem,
Respira fundo, na transpiração do rubor em desatino
No desalinho das mentes cansadas das máscaras
Se desmascaram a si próprias, constantemente.

Ouvem-se vozes em harmonia, dia a dia,
Vêem-se rostos de tristes criaturas contentes,
Enchendo os bolsos, cantam, riem, dançam,
Na virtualidade da vida vivida sem existência.

Nessa senda de existência sem vida, na mentira
Mentem ao sabor do ar que respiram,
Ouvimos nós boquiabertos, sem resposta
Ao devaneio louco do embuste aceite pela sociedade.

E assim acaba a história, pois assim se quer
Pensar cansa a beleza, da inimputável gente
… que somos no mundo… mas que mundo?!
Que gente, que futuro, que moral, que valores?!

Permaneço na inquietação de ter que me acalmar.
 
 

2 comentários:

casos e acasos da vida disse...

Gostei muito do poema! Muito real as máscaras que as pessoas usam, para esconder aquilo que são!..
Bj,
Marisa

Clarisse Silva disse...

Olá Marisa,

Grata pela sua apreciação. É uma realidade.
Beijo,
Clarisse