quarta-feira, 7 de março de 2012

Manifesto Outono Milenar

Outono Milenar.
Árvore despida no canto da nuvem.
Folha seca, caída.
Tapete de chão, agitado no vento.
Vento seco, queimado.
Sopro do peito deserto.
Húmido, cinza molhado.
Brisa de céu encoberto.
Corpo caído…
Galho quebrado na força da vida.
Ninho desfeito.
Ave perdida…
Murmúrio, lamento de tempo.
Chuva miúda, suicida.
Prédio molhado, sente passos.
Passos de gente na avenida.
Estrada aberta, artéria que aperta.
Som de silêncio.
Alma calada…
Olhos fechados, janela esquecida.
Pedra lançada.
Eterno segundo, vidraça partida.
Tempestade, trovão.
Boca no grito, credo na mão.
Hora…
Raio de choro, seduz sem luz.
Cheiro de terra pela manhã.
Taça vertida.
Licor negro, adormecido.
Calma…
Sabor de vida.
Calma…
Véu transparente, brilho no ar.
Manifesto!
Manifesto.
Outono Milenar.

1 comentário:

Vanda Paz disse...

Interessante este manifesto!

Abraço

Vanda Paz