domingo, 11 de março de 2012

COMO INVENTAR SONHOS


Rumo a um porto que não existe
Na esperança de alcançar felicidade
O vento roda ... em levar-me insiste
À lonjura donde me vem a saudade.
Este longo inverno que já não termina
E o frio norte que não traz um sorriso!
Nos meus olhos a neblina
... E da infância chega uma doce brisa.

Voltarei ao ar perfumado
da minha gente
À primavera das amendoeiras em flor
Me entrego ao vento fervorosamente
ao seu fragor.
Rompe dos meus olhos a água
No meu rosto a inocência primeira
No coração a mágoa
Que brota sem fronteira.

Peço à esperança que viva sempre
em mim
Me traga dia a dia uma palavra nova
Um sorriso, um aroma a jasmim
E de estar viva me dê a prova.
Me deixe sentir o êxtase da felicidade
Não me deixe do tempo prisioneira,
ou sofra com sua voracidade.

E os silêncios se farão doçura
neste tempo maduro de viver
A vida me dará uma mão
cheia de ternura
E o terrível vazio vou esquecer.

natalia nuno
rosafogo

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