sábado, 17 de março de 2012

Explosões incontidas

Na tarefa do rio intenso
onde corre a voz do pranto,
fervor de um caudal extenso
até que se cure o quebranto.

Nuances tingidas de amor
nos corpos intervenientes,
pelos enfeites de tanta dor
irmanando outras correntes.

Entre os pontos quase mortos
e tantas pedras descascadas
que na madrugada rasgam.

Ilusão em vínculos tortos
entre quedas e debandadas
pelo alvor se embriagam.


António MR Martins

2 comentários:

Jessica Neves disse...

Querido Antonio MR Martins

Um soneto muito bonito muito bem construído

Meus parabéns

Beijinhos *

Jessica

Jessica Neves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.