Sozinho na praia, brisa da adversidade...
Sou real no teu mundo,
mesmo quando tudo se desmorona e cai...
Afastas-te de mim, como naúfrago da âncora...
Mas sou tua bóia, à deriva,
até onde a corrente se esvai...
Páras e fitas-me,
engelhado pela ondulação entre mim e ti, paralela...
Ternura distante, mas nunca existirá tão bela...
Não sofro nem me afogo na mágoa desta tempestade...
Saber que existe tal alma me ensina a nadar...
Saber que existe tal olhar que sonha com o meu,
me ensina a ver...
Saber que existe teu escutar,
me ensina minha voz não conter...
Saber que existem,
mesmo fugazes mas verdadeiras, tuas cores...
Me ensinam a sorrir através da escuridão...
Me ensinam a gracejar com lápides e dores...
Me ensinam que pode ser real qualquer ilusão...
Que um dia posso acordar, com a leveza da tua mão...
Que um dia posso dormir na frescura do ritmo do teu coração...
Que uma noite posso acordar na ânsia lasciva da tua respiração...
Volto a olhar para o nosso mar...
Que em cada manhã me devolve teu mundo de cor...
Que um dia afirmou reflectir o teu puro amar...
Torrentes de água salgada como teus virtuais beijos...
Torrentes de cumplicidade que não se perde apenas numa paixão de anseios...
Acordo desta vez numa planície de areia alaranjada...
Não há verde da relva mas sempre de esperança impregnada...
Estou acompanhado duma bela princesa, que me afaga...
Um sol radioso, uma escaldante sensação...
Mas trocaria tudo isso, por uma hora contigo,
um minuto comigo...
Um simples toque da tua mão...
Darkrainbow
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