domingo, 17 de maio de 2009
Formas impuras, pecados capitais
Vaidosa utopia saiu à rua
no olhar da cobiça andou a fixá-la
opalas lentes os olhos de gentes
despidos de cristal, reflexos de soberba
juízo vulgar
vista da alma perdida sem guarida
embriagada na luxúria
pecados descuidados altares de barro
vidros de repartidas cores
formas impuras de fixar o espelho
quebrado, torcido.
A preguiça balança na escura esperança
de ver crescer sem ter que se mover,
mesquinhez invejada olhares ambíguos
ao abrigo alheio,
o sentido do mundo transforma
na ira malvada desequilibrada
sem remorsos nos tortos destinos.
Gula sem abstinência
entorta o corpo em aparência
insaciável demência,
avareza em bolsos apertados
onde o tudo se torna nada
contente ilusão vazia
culto das matérias efémeras
no cerne amargo da sombra da alma
no calor que arde em enfermidade
na índole empobrecida.
Ana Coelho
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