sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SEREI CONTRADIÇÃO



















Meu caminho é já uma imensidade
Trago nele um cheiro a terra molhada
À noite, descanso na saudade
De dia sinto a vida a fugir, lembrança passada.
E há lembranças no meu peito em brasas
Me abandono nelas como se fossem tempo presente
Lembranças chegadas de longe, trazem asas
Impossível é o regresso é sonho sómente.


As desenrolo nas insónias, e me deleito
E nasce um sonho imenso maior que o mar
Sou livre nesta morada onde me deito
E onde fico livre só para amar.

Estas lembranças mantêm vivo meu caminho
e meu querer.
E eu persisto que meu corpo há-de resistir
Hei-de desdobrar o tempo vizinho
hei-de viver
O tempo esse ignora o meu querer,
serei contradição, saberei fugir.

Memórias que são lenha p'ra me aquecer
Que ao recordar me deixam enfeitiçada
De madrugada me deixam adormecer
Para redobrar forças nesta minha caminhada.

natalia nuno
rosafogo

3 comentários:

alma disse...

Rosa,

Já tinha tantas saudades de te ler!

Agora foi um momento de magia.

bj

Princesa115 disse...

Precioso, me encantó.

Besos

orvalhos poesia disse...

Andei à tua procura no Luso,
e li teu último poema já de Outubro, pensei que terias feito pausa.
Foi bom encontrar-te aqui Eduarda,
fico grata pelo carinho.

beijo, também já tinha saudades.