terça-feira, 7 de julho de 2009

Vem deleitar-te comigo

Sente com os teus dedos invisuais
A fúria com que me dissolvo em cera
Sobre a mesa enfeitada de cristais
Que me acaricias de sedas púrpuras

- Vem deleitar-te comigo

Sente os contornos do meu corpo
Vestido numa silenciosa ARPA
Com vontade de gemer pautas
Vertiginosas de deleite indefinido

Toca-me

Sente o misticismo deste som
Que penetra as profundezas
Mais nocivas até às mais impiedosas
As labaredas consomem-nos
Em chamas sôfregas de anseios
Sente cada corda que te quer

Toca-me
Faz de mim a mais bela melodia
Em gemidos celestiais
Neste inferno só nosso…

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