terça-feira, 7 de julho de 2009

Rosa negra


(imagem tirada do google)


Vestiu-se de negro a rosa
No velório da paixão
Longura de miragem
Que não pode alcançar.

As encostas desertas…áridas
De negrume esculpidas
Sem perfume pétalas enrugadas
Lágrimas derramadas
Nos espinhos viçosos do caule.

No dorso aguilhão cravado
Sedução sem pudor
Dança a marcha fúnebre
À muito sem melodia ficou

Um canteiro sem terra ou água
Em dor e desamor
Desilusão sem morada
Na ilusão só por si procurada.

De véu caído no abismo
No altar da iniquidade
Assim findou
No nu da alma
De negro pintada…

Ana Coelho

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