quinta-feira, 30 de julho de 2009


Passo a passo
Vou passeando a minha sombra
Pelas ruas desertas
Da cidade cansada...

Arrasto comigo
Os destroços de mais um dia
Que me suam o corpo
Empapando-me as roupas

Doem-me os olhos
Castigados pela força vã
De não quererem...

Do tanto que dei
Não sobrou nada
Nem um pingo...
Nada de nada!

A injustiça é um ácido forte
Corrói-me a alma!

Quis gritar
Mas não me deixaram...

Agora
Pesam-me as palavras
Que não me saíram da garganta

Sufocam-me...!

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