terça-feira, 28 de julho de 2009

Muro de silêncio

Rompe-se o muro do silêncio
arrancou-o assim o destino
a hipocrisia foi afastada,
envergonhada pela decência
as sombras tiradas desde a raiz.

O futuro instalou a distância no presente.

Os destroços enterrados
o passado os incendiou
na culpa que os nutriu.

A dúvida procura certezas
no escuro que se refugiou
demanda consciência sem nexo
infiltração impossível.

A certeza é lucidez
que a verdade tem guardada
nas mãos lavadas
sem mácula
nem reservas
a recordação não tem memória
só constrói o dia de amanhã
com os olhos abertos no firmamento.

Ana Coelho

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