Dei-te rosas que colhi
no coração do meu sossego
quando feliz me vi por dentro
e deixei cair das flores
o que me vai no pensamento.
Dei-te núvens sem grilhetas
que trazia no olhar
num dia de muitas quimeras,
pelos passos do momento.
Depois tirei da boca um desejo
e da face deixei fugir
um deslumbramento
com feições de alegria
e o cheiro de uma carícia
que só quem ama vê.
Dei-te a emoção e o mimo
de um instante feliz
de um olhar que não sabe mentir
o amor vassalo e doce,
trespassado pela paixão,
verve inquilino do meu corpo,
lume vivo no tempo.
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