sábado, 21 de abril de 2012

ABREVIATURAS


Trago o peito em cruz, desperta uma fissura
Dói-me a vida, dói-me o canto do rouxinol
Colossal é a pobreza, pobre é a fartura
Dói-me a morte aquando a ausência do sol!

Trago o peito em cruz, alastra-se a fissura
Dói-me a alma, dói-me a luz da natureza
Tu dóis(-me) cá dentro! Quanta tristeza!
Quisera eu que abalasse est’amargura!

Neste cais da vida que me leva e nada (me) traz
Insisto em querer saber se algum dia fui audaz
Agora, olhando para o tamanho desta fissura

Encerra-me a vontade de querer ser capaz
Resta-me falsificar em itálico minh’assinatura
Não sou completa (já disse)! Sou abreviatura!

19.04.12

4 comentários:

Maria Gomes disse...

Olá amiga, gostei imenso deste teu poema, são os meus preferidos com belas rimas, beijinhos

Jessica Neves disse...

Maria Gomes,

OBRIGADA

Feliz por saber que gostou,

Um beijinho grande e tudo de bom para si,

Bom fim de semana

Jessica

orvalhos poesia disse...

Já tive o prazer de ler noutra pág. mas o que é bom nunca me canso de ler.

Muito bom mesmo.
Bj.

Jessica Neves disse...

Natália querida

OBRIGADA

Feliz por gostar e (me) acompanhar

Beijinhos *

Boa semana,

Jessica