sábado, 7 de abril de 2012

SEXTA-FEIRA SANTA

Hoje é sexta-feira santa e é com alguma razão que sinto o peso do meu pecado maior – o da omissão. O qualificativo de santa tem a particularidade de me conduzir a um certo grau introspectivo, que tem que ver com o transcendente de um instante do passado remoto, mas que me transporta ao presente, isto é, a todas as sextas feiras e a todos os dias do ano. Nesta viagem ao meu passado e ao meu subconsciente e aquele que sou na hora que passa, sinto a necessidade de confessar o dito meu maior pecado, na perspectiva do homem crente que sou. Pecado que me incomoda e me conduz a grandes interrogações… é o dito pecado da omissão, num mundo pleno de carências de toda a ordem, de sofrimento feito de solidão, de fome, de indiferença do outro, da minha própria indiferença, (ou quase…). Estou neste instante a prometer a mim mesmo desenhar uma curva na minha vida. Oxalá seja capaz. É no agir de cada um e na sua soma que reside a grande força que ainda não actuou.

Antonius

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