domingo, 15 de abril de 2012

MIL PEQUENOS NADAS


Mil pequenos nadas
Cheiros e sensações,
Me dando boas razões
Para minhas noites acordadas.
Neste momento de solidão
Único, imenso.
Na serenidade e em escuridão
Fecho os olhos e penso.

Como são pequenos meus dias
Passando, sem qualquer resposta.
Morrendo. Feitos de realidades frias.
E logo a noite se mostra.
Olho para trás, uma recordação vivo,
A cada passo mais uma revivo.
Até que a memória fica despovoada
E eu tranquila, satisfeita,
Deixo-me para além de mim, abandonada.

Na sucessão dos dias
Saram velhas feridas, dou mais um passo
Mais um palmo de terra, semeio alegrias
E vou mantendo, com o passado um laço.

Restam sonhos e vontades!
Sinto ainda os traços que alguém me roubou.
Chorarei até à última gota as saudades
Sucumbo ao cansaço, o tempo me enganou.
Vou a página virar!
Lembrarei o que houver a lembrar!?
Neste fim de tarde,
Já se vai do céu o azul profundo.
Com pequenos nadas e em liberdade.
Sigo alheia ao Mundo.

rosafogo

2 comentários:

Maria Gomes disse...

Olá amiga, sabes que eu gosto muito de boas rimas e tu as fazes muito bem, gostei, beijinhos

orvalhos poesia disse...

Sempre rimo, que fazer? É minha sina, não sei compôr poesia senºao fôr rimada, devo trazer comigo alguma alma penada dum poeta d'outros tempos.

Brinco amiga, mas a verdade é que só assim consigo soltar-me.
Beijo Maria