domingo, 29 de abril de 2012

Terrenos férteis

Rasgo a terra ainda fria,resquícios de um inverno longo

sem luz,sem alegria,cinzento o leito onde me aconchego

na interminitência do tempo .

A terra virgem lavrada,arada sob o signos das primeiras chuvas
...
o astro rei,vigia-me ainda timidamente nesta sonolência

onde ainda durmo ,sem saber a hora certa de despertar.

Aconchego-me de mansinho ao tempo,e sinto a brisa fresca

o vento beijando-me as primeiras manhãs em que vejo a luz.

Grito ao mundo a libertação da terra

elevo-me,nasço ,renasço,contemplo o céu

azul...azul..azul...

e visto-me de verde na passagem das horas

a esperança erguida nos terrenos férteis da imaginação.

Contorno o corpo,os gestos,o olhar

giro a volta do sol,da luz intensa

que me beija nas primeiras manhãs quentes de verão

e contemplo a luz ,o sonho acordado

a cada manhã onde desperto

na elegância de mais um novo renascer.



São Gonçalves

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